Querido Freud,este mês revi o filme de Roberto Benigni"A vida é bela". Confesso ao senhor, que após assistir mais de vez esta " película",começo a divagar, isto é , filosofar sobre o que realmente é bom para nós. Devemos saber a verdade e encararmos os problemas de frente, ou então, criarmos uma fantasia, embarcarmos nela e acreditar que tudo nesta vida é verossímil? Dizem que a vida é bela ......Será? Não duvido de sua importância, às vezes me questiono: o que vimos neste mundo foi muita injustiça, muita maldade, muita tristeza.... Amores traídos, amores não correspondidos, medidas desesperadas. Gente tentando tirar a vida, gente querendo desesperadamente viver; pessoas mal agradecidas e ao mesmo tempo, indivíduos não sabendo como agradecer; pessoas maravilhosas nos deixando mais cedo e seres que não fazem ninguém feliz, ficando mais tempo
Incongruências da vida é o que dizem... Como se esta palavra pudesse justificar tudo que é de errado pelo qual passamos e ainda devemos passar. E, no fim, compactuar com o desencaixe, o despropósito... o sofrimento.
Sei que existem bons momentos na vida, não serei injusta. O que ocorre é que eles acontecem raramente e, nos lugares e com pessoas, com os quais menos esperamos.
Engraçado como eles são sutis e indeléveis, quando eles surgem nem percebemos, ou pior, nem sabemos o que fazer com eles. E, infelizmente, são tão raros estes episódios, que de repente esta "catarse"acaba se transformando num pequeno "flash back" de uma memória perdida, nesse mar de ilusão que é na verdade a felicidade.
Enfim, eis a grande indagação. O que é necessário para encontrar a felicidade? Olhar tudo em cor de rosa, como se o preto e branco não existisse, ou então, aprender a ser feliz, sobrevivendo aos descontentamentos, nem que seja matando um leão por dia, nesta busca insana deste real fantástico chamado de felicidade. Será que realmente é apenas um estado de espírito? Bem, esta já é outra discussão, deixemos para depois.
Lisiane Cardoso Bittencourt
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